quinta-feira, julho 20, 2006

o que teria acontecido se eu tivesse realmente começado a chorar e rasgar livros na livraria? adianta alguma coisa se perguntar sobre os grandes gestos não-realizados? em vez disso, segui vagando, bebendo mais, levando o desespero para passear. uma coisa eu posso dizer: ele é um companheiro fiel. depois que ele chega, custa a lhe deixar.

nesse momento, oh admirável mundo novo, oh cena japonesa de nosso futuro agora, um corredor iluminado de pessoas se comunicando em seu cubículos, pessoas sérias ou rindo ou emocionadas, olhando para um monitor, a luz azulada sobre elas. bêbado no cybercafé. bukowski desaprovaria, but so what? oh solidão iluminada das grandes cidades. dinheiro no bolso, você pode pegar um táxi, ir para quaquer lugar, lembrei de um outro tempo em outra cidade, em uma situação parecida, eu gastava obscenamente em restaurantes e quase parava estranhas na rua, perguntando se elas não queriam ir ao japonês comigo. oh beauty, oh modern life, oh alegrias contemporâneas.

tudo isso porque acabei uma história, me dei um dia de folga e descobri que não sabia o que fazer comigo. o tio ensina, amiguinhos: só o trabalho salva.

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