quarta-feira, junho 12, 2002

Ouvindo Coltrane

this man could blow

É uma experiência maravilhosa se tornar íntimo de um disco de jazz. É um trabalho de aproximação: você não consegue apreender tudo na primeira visita. Você tem aqui três ou quatro ou muitos artistas trabalhando juntos para pintar algo. Cada um tem algo a dizer. Ocasionalmente em uma visita você fica tentado a ouvir mais um deles do que os outros. E o sentido está por todo parte. O artista com o nome na capa não detém a primazia nas declarações. Em um momento o baixista pode abrir uma clareira no meio do som que lhe conforta muito mais do que tudo. Uma batida mais vigorosa nos pratos, uma hesitação no solo, algum silêncio. Há um mundo de decisões aqui.

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